A Guerra Híbrida e a Ascensão do Neofascismo no Brasil
Por Hallan de Oliveira
Nos últimos anos, o Brasil tem sido palco de uma complexa e multifacetada guerra híbrida, um conflito que combina táticas militares, políticas, econômicas, sociais e informacionais para alcançar objetivos estratégicos. No centro desse conflito está a ascensão do neofascismo de extrema-direita brasileira, um movimento político que busca impor uma agenda autoritária e ultra nacionalista (ufanista e xenófoba) à sociedade.
A guerra híbrida no Brasil tem sido conduzida por uma variedade de atores, incluindo grupos políticos extremistas, interesses corporativos (de empresas transnacionais) poderosos e atores estrangeiros, temos como exemplo os Estados Unidos. Esses grupos buscam minar as instituições democráticas, desestabilizar o governo e dividir a sociedade brasileira(polarização).
As táticas utilizadas na guerra híbrida incluem desinformação e propaganda, manipulação das redes sociais, corrupção, cooptação de instituições estatais e privadas, ataques cibernéticos, assassinatos políticos e violência policial nas ruas. Essas táticas visam minar a confiança nas instituições democráticas, criar polarização e caos social, e enfraquecer a governança democrática.
O neofascismo brasileiro é uma ideologia política que combina elementos do fascismo histórico (Itália de Mussolini) com ideias contemporâneas de autoritarismo e nacionalismo extremo. Esse movimento político tem sido liderado por figuras políticas de direita e extrema-direita (na verdade, não existe diferenças entre elas, o que munda é a intensidade), que se apresentam como líderes populistas e carismáticos, ligados intimamente com uma burguesia de direita.
As características do neofascismo brasileiro incluem a exaltação do nacionalismo, o culto à personalidade do líder, a glorificação do passado militar, o desprezo pela democracia republicana, a intolerância à diversidade de gênero, raça e classe, e o uso da violência como meio legítimo de alcançar objetivos políticos (Golpe de Estado).
O neofascismo brasileiro tem se manifestado de várias maneiras, incluindo ataques à imprensa livre (hegemônica e a independente), à liberdade de expressão e aos direitos humanos. O governo Bolsonaro promove uma agenda política autoritária, que inclui o enfraquecimento das instituições democráticas, a perseguição de opositores políticos e a promoção de uma agenda ultraconservadora em questões sociais, ambientais e culturais.
Além disso, grupos neofascistas têm se envolvido em atividades violentas e intimidatórias, como ataques a minorias étnicas, LGBTQ+, defensores dos direitos humanos e povos indígenas. Essas ações visam silenciar a dissidência (resistência) e impor uma visão de mundo autoritária e homogênea à sociedade brasileira.
A guerra híbrida e a ascensão do neofascismo no Brasil representam uma ameaça séria à democracia republicana, aos direitos humanos e à estabilidade social. Combater esses fenômenos requer uma resposta coordenada e abrangente por parte das instituições democráticas, da sociedade civil organizada e da comunidade internacional. É fundamental proteger e fortalecer as instituições democráticas, promover valores de pluralismo e tolerância e resistir à disseminação do ódio e da intolerância que caracterizam o neofascismo brasileiro.